'Hipertensão' estreia na Globo com Glenda Kozlowski e prêmio de R$ 500 mil

     Adrenalina é a palavra que permeia a segunda edição do reality show "Hipertensão", que volta renovado à grade de programação da Globo a partir de quinta-feira. Em 2002, o programa, então apresentado por Zeca Camargo, trazia a cada semana seis participantes que encaravam provas ora radicais, ora nojentas, em busca de um prêmio de R$ 50 mil. Agora, quem assume o comando da atração é Glenda Kozlowski, que vai orientar os 16 competidores em tarefas de resistência e coragem gravadas em Buenos Aires, na Argentina. Na final, que vai ser gravada no Rio de Janeiro, apenas um leva R$ 500 mil - o segundo colocado recebe R$ 100 mil e o terceiro fica com R$ 50 mil.

     Entre os oito homens e oito mulheres selecionados pela produção, os perfis são variados, mas praticamente todos têm o esporte e um bom preparo físico em comum. Do Rio, a personal trainer Manu, 30 anos, pratica wakeboard, escalada e skate, enquanto o gari Marcão, de 27, luta jiu-jitsu. Até uma miss está na disputa pelo prêmio: a gaúcha Fernanda, de 30 anos, que venceu o Miss Brasil em 2007. No meio de tantos atletas, Glenda diz que vai estar à vontade - para quem não se lembra, a jornalista se destacou no fim dos anos 80 como bodyboarder. Acostumada com o universo esportivo, ela acredita, no entanto, que vai poder mostrar um outro lado seu com o "Hipertensão":
- No telejornal, meu papel é comunicar. No "Hipertensão", vou intermediar um programa de entretenimento. São duas posturas e linguagens diferentes. No jornalismo, por exemplo, existe um afastamento maior. Já neste programa, as pessoas vão poder conhecer um pouco mais do meu jeito. Embora eu tenha um perfil espontâneo, sou repórter, apresento notícias. Agora, vão conhecer melhor como é a pessoa Glenda, porque eu vou ficar mais à vontade, vou me envolver com os acontecimentos.
A cada episódio (exibidos às quintas, depois de "A grande família", e aos domingos, após o "Fantástico"), os 16 competidores passam por provas eliminatórias. Vale lembrar que, em 2002, uma delas consistia em encarar um singelo drinque com seis minhocas, quatro besouros e uma barata, o que rendeu até uma ação no Ministério Público de São Paulo. Águas passadas? Diretor da atração, Boninho diz que a base do programa é a adrenalina, mas o momento nojinho deve permanecer na volta do "Hipertensão".
- Em cada programa teremos duas provas radicais e uma, digamos, de nojo. Nas duas primeiras eles vão trabalhar em grupos ou pares, e na última o bicho pega, literalmente, para três deles. Assim, em cada episódio, um será eliminado - explica o diretor, que ressalta o perfil do reality: - Escolhemos fazer o "Hiper" porque a pegada dele é mais de videoclipe, é jovem, vai ter um ar diferente de tudo o que está sendo exibido. Os desafios são fantásticos, tem muita produção e é rico em imagens. A ideia era fazer um produto sem tanto sofrimento como o "No limite" ou provas do tipo "Jogo duro".
     A convivência entre os 16 desafiantes também vai ser mostrada no programa. Mas ao contrário do "Big Brother Brasil", cujas inscrições já começam no dia 10, esse não é o aspecto fundamental da competição. Durante a semana, Geovanna Tominaga, do "Vídeo show", vai apresentar diariamente flashes com as novidades do reality.
- Na verdade, o "Hipertensão" é mais leve no quesito convivência: eles ficam em uma casa com luxo, piscina... Mas os desafios, por sua vez, são muito mais radicais - diz Boninho.
     Para assumir o programa, Glenda Kozlowski afirma que não trocou figurinhas com Zeca Camargo, seu antecessor na função, mas que Pedro Bial foi seu mestre no universo dos reality shows.
- Conversei muito com o Bial sobre essa linguagem. Ele foi um parceirão durante as Olimpíadas e a Copa do Mundo, e me ajudou muito desta vez também - conta Glenda, que também estudou os perfis dos competidores: - Utilizei não só a minha bagagem profissional como também a humana, pois estarei diante de pessoas e cada um tem um perfil diferente. Será quase um laboratório psicológico. Durante esse programa eu vou fazer uma pós-graduação em Psicologia (risos).

Fonte: oglobo