Ivete Sangalo, Marta e Camila Coelho entra na lista das 'Mulheres mais poderosas do Brasil' da Forbes


A seleta lista Forbes das 20 Mulheres Mais Poderosas do Brasil é uma mostra de que o rumo para a equidade de gênero no mercado de trabalho é um caminho sem volta. A diversidade nas empresas não é apenas uma questão de justiça social e igualdade de oportunidades. As companhias que aplicam de fato as políticas de incentivo, com atração e retenção voltadas para mulheres, minorias raciais e profissionais LGBT+, têm mais “eficácia inovadora” – conclusão agora comprovada cientificamente. “Diversidade não é mais uma opção para as empresas”, diz Cristina Kerr, CEO da CKZ Consultoria em Diversidade. “É fator determinante para qualquer modelo de negócio. As políticas de diversidade são, portanto, uma tendência mundial.” Um estudo global realizado pelo Instituto Peterson de Economia Internacional com 21.980 empresas de 91 países identificou que as companhias com até 30% de liderança feminina tiveram um aumento de 15% em sua rentabilidade.

No entanto, o mesmo estudo constatou que 60% das empresas não têm mulheres em seus Conselhos de Administração, mais de 50% ainda não têm mulheres em cargos de alta liderança e menos de 5% delas têm uma como CEO. Para melhorar esses índices, a ONU Mulheres e o Pacto Global das Nações Unidas criaram, em 2010, os Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, na sigla em inglês). Esse conjunto de considerações é formado por sete princípios que se tornaram referência e englobam, entre outras coisas, o estabelecimento de liderança corporativa sensível à igualdade de gênero no mais alto nível, o tratamento de mulheres e homens de forma justa e a promoção de educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres, além do apoio ao empreendedorismo e promoção de políticas de empoderamento delas por meio das cadeias de suprimentos e marketing.

A consultora em diversidade e gestora executiva do Movimento Mulher 360 Margareth Goldenberg também sustenta que ter mais mulheres e minorias em seus quadros gera impactos concretos na atração de novos talentos, retenção de funcionários (que se tornam mais colaborativos e engajados), melhoria do clima organizacional e da criatividade (diferentes visões de mundo aumentam a probabilidade de criação de novas e melhores soluções), ampliação da capacidade de compreensão das necessidades dos clientes, além de inevitável retorno de imagem e reputação. “A busca pela diversidade e inclusão nas empresas não é apenas a coisa certa a se fazer de um ponto de vista ético, mas é também uma estratégia inteligente do ponto de vista econômico.”

Outra questão levantada, desta vez por Marienne Coutinho, co-chair da WomenCorporateDirectors (WCD) e sócia da KPMG no Brasil, refere-se à valorização do ambiente de trabalho. “Conviver com o diferente é o que traz verdadeiro crescimento e amadurecimento profissional e pessoal. Por exemplo, quando tratamos de paternidade ativa, mentoria reversa e diversidade de gênero nos conselhos, a mudança de mentalidade de quem é tocado pelas ações impacta todos os profissionais da empresa, seus clientes, acionistas e até mesmo amigos e familiares”, diz.

No Brasil – país em que 195 empresas são signatárias dos WEPs –, a situação ainda está bem aquém da encontrada em nações desenvolvidas. “De acordo com o Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa o 95º lugar entre os 144 países com maior equidade de gênero”, diz Cristina. “Os maiores impactos para as mulheres brasileiras são a falta de representatividade na esfera política e a diferença salarial e de renda média, que corresponde a 58% da renda dos homens.” A Islândia ocupa o topo da lista na igualdade entre homens e mulheres, seguida por Noruega, Suécia, Finlândia e Nicarágua.

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