Em meio à pandemia, corais do Nordeste têm branqueamento em massa
Enquanto os mortos pelo coronavírus se acumulam no Brasil e os sistemas de saúde de várias cidades ameaçam colapsar, uma outra epidemia progride no Nordeste longe dos olhares do público. Os recifes de coral numa região que vai do norte da Bahia ao Rio Grande do Norte passam por um branqueamento extremo e vários podem morrer.
O branqueamento é uma doença ambiental. Ele ocorre quando a água do mar esquenta demais, a ponto de ficar intolerável para as microalgas que vivem em simbiose com os corais e lhes dão cor. As algas são expulsas e os corais ficam brancos. Como as colônias dependem dessas algas para se alimentar, recifes branqueados podem morrer de fome.
Neste verão, a água do mar no Nordeste esquentou – e muito. Segundo dados informados ao Observatório do Clima pela rede Reefcheck e pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), as temperaturas desde fevereiro são as maiores dos últimos 35 anos na região, chegando a quase 30 °C. Isso é 2 °C mais do que a média para essa época. A Noaa, agência de oceanos e atmosfera dos EUA, emitiu alerta de nível 2 de branqueamento, o maior da escala, quando morte em massa de corais pode ocorrer.
Em meio à pandemia, corais do Nordeste têm branqueamento em massa
Reviewed by Arthur Aguiar
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21:44:00
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